terça-feira, 29 de julho de 2014

Viciado

Faz quatro meses que entrei para essa vida. Acho que é um vício. Desde março faço uso disso. É a primeira coisa que penso quando acordo pela manhã. E faço quase todos os dias. Às vezes, cedo. Outras mais tarde. Ocorre à noite também. Acho que estou viciado em correr.
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Tudo começou dia 24 de março, uma segunda-feira. Estava sedentário há uns dois anos e tinha que tomar uma decisão. No dia anterior, um domingo de plantão na redação, lendo matérias sobre pessoas que mudaram de vida com base na prática de exercícios físicos pensei: vou entrar nessa a partir de agora. Como um insight. Estava determinado e focado. Não era uma promessa boba, tanto que não contei para ninguém. Bastava somente eu saber.

O primeiro passo foi mudar a alimentação e naquele almoço, horas depois de ter lido a matéria, as coisas foram diferentes. Mais legumes, sem frituras e nada de refrigerante. E a tendência seguiu no jantar. Caso contrário, naquele domingo chuvoso, era certeza que eu meteria a cara em um junk food.

Na segunda-feira despertei cedo. Coloquei uma camiseta, bermuda e sai para caminhar, como não fazia há meses. Caminhava apenas dentro de casa e no local de trabalho. Só. Pesava pouco mais de cem quilos e achei melhor procurar um cardiologista também. Fiz os exames e oficialmente fui liberado para fazer exercícios.

Algumas semanas depois, as passadas começaram a ficar monótonas e meu corpo pedia pra correr. E me arrisquei nos trotes. No começo mal começava e o fôlego já esgotava. O tempo foi passando e a corrida ganhou destaque nos meus exercícios matinais e a medida que os números na balança iam diminuindo, mais força e gás eu ganhava.
Em março com 108 kg e em julho com 98 kg
A mudança foi quase que radical. Dou preferência aos pães integrais, abuso das saladas e sempre como uma fruta nos intervalos. Abri mão do refrigerante, aprendi a pingar gotas de adoçante no café, à noite não como mais antes de dormir e levo uma marmita balanceada para o local de trabalho.

O objetivo principal não era emagrecer. Verdade. Quis mudar o estilo. E com esse novo hábito, passei a dormir melhor e ter mais disposição. Os meses foram passando e os números continuaram caindo na balança. A sensação de quebrar gordura é sensacional. E atrelado a tudo isso eu passei a correr quase que diariamente.

A caminhada rápida precede o trote. Os primeiros minutos de corrida são de adaptação. Aos 10 minutos o corpo embala. O suor molha o boné dry fit e a respiração ofegante de nada incomoda. A sensação é de que dá pra correr igual o Forrest Gump. Só paro quando as dores surgem e quando o fôlego cessa. Ao fim a sensação é indescritível. Essa substância que o cérebro libera é muito boa. Estou viciado nisso. 

E minha rotina prossegue: alimentação balanceada e exercícios (corrida) quase que diários. Tinha 108 quilos no dia 24 de março. Cheguei aos 98 no final de julho. São números que apontam um emagrecimento significativo. Porém, voltar a entrar em roupas antigas, ter mais disposição e estar cuidando do meu bem mais precioso, a saúde, não tem preço. Não tem caloria gasta que pague. 

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