Em época de Akimatsuri em Mogi das Cruzes (tradicional festa japonesa), me peguei lembrando desse episódio esta semana e uma postagem do amigo Ricardo Rodrigues no Facebook desencadeou inúmeros comentários sobre o Taikô na bancada, né Ana? Além do fato em si (da minha cara de ué), passamos a lembrar do nosso dia a dia na emissora naquela época.
Era uma rotina bem diferente. Despertava às 4h da matina e por volta das 5h já estava sentado diante do computador na redação finalizando o programa com meus colegas. Maurício e Nádia eram os nossos produtores anjos da guarda. Pouco antes das 6h, Juliana [minha companheira de bancada] e eu descíamos para o estúdio e 30 minutos depois estávamos dando bom dia, ao vivo, aos telespectadores do canal a cabo. Às oito entregávamos o programa e iniciávamos a produção para o dia seguinte.
Uma equipe nova, assim como a emissora. Eu, nascido no final dos anos 70 e fã do filme "O Vingador do Futuro", era tido como "tiozão" da turma. O nosso programa tinha um clima agradável de diversão e amizade. Tomávamos café juntos todos os dias após sairmos do ar: técnica, produção e apresentadores. Mas naquela terça-feira de junho de 2012 algo deu errado.
O programa acabou bacana com imagens de um evento em comemoração à imigração japonesa com um grupo de Mogi tocando Taikô. A batida envolveu os apresentadores e, enquanto o letreiro subia, Juliana e eu começamos a tocar Taikô imaginário. Jogamos os braços pro alto e fomos na batida. Uma mistura de percussão japonesa com Timbalada.
Confesso que comecei primeiro, mas logo a Ju acompanhou meus movimentos. Fizemos aquilo porque o sinal não voltaria a ser aberto no estúdio. A atração matinal já havia acabado. Mas por um problema técnico a imagem voltou, né Juan?
Meu ponto eletrônico estava quebrado e, por isso, não estava usando o equipamento naquele dia, mas do estúdio deu para ouvir o grito do Mauricio vindo lá da switcher: "Nãooooooooooooooooo". A coisa estava feita e lá estávamos nós dois no monitor, no ar. Sem defesa e sem dó. Era só perdão que eu poderia pedir no momento. Depois da sessão gargalhadas veio a preocupação, porém, naquele dia ninguém nos chamou a atenção. Aliás, nunca levamos bronca por causa do ocorrido. Valeu, Paulo.
Ju,liana, eu e os '"anjos da guarda", Maurício e Nádia |
Porém, o ponto alto foi mesmo a aparição no TOP Five do CQC. Naquela segunda-feira eu já estava dormindo, afinal acordava antes das galinhas. Despertei com o toque do celular e as mais de 100 notificações no Facebook. Confesso que imaginava que a "nossa falha" pudesse virar chacota do programa da Band, mas não botava fé. E virou.
No dia seguinte Juliana e eu ganhamos status de celebridade no local de trabalho. Estávamos em inúmeros blogs espalhados pelo Brasil e onde íamos as pessoas falavam da aparição. O Maurício Bueno da produção pirava com os comentários. Um deles me chamava de "gordinho cara de toba". Esse é o preferido dele.
Até hoje, quase dois anos depois, minha colega jornalista Vania Rodrigues, que trabalha lá com o Silvio Santos, ainda me chama de "Douglas CQC". E no final daquele ano a nossa peripécia ganhou o segundo lugar no TOP Five melhores de 2012. [Veja vídeo]
Tudo bem. Nos empolgamos com a batida do Taikô. Aliás, percussão costuma chamar a atenção e, em alguns casos, provoca movimentos involuntários. Beleza, imitamos os japoneses e não há nada de mau nisso, muito pelo contrário, a "falha"se tornou uma homenagem à respeitosa colônia japonesa.
Agora... tem uma coisa que me intriga até hoje e acho que jamais terei resposta para tal indagação. Não sei o motivo pelo qual eu tentei esconder a caixinha do suco.
Matéria Yahoo
Matéria Kibe Loco
Parabéns pelo texto, cara!
ResponderExcluirFoi uma homenagem bacana mesmo e essa espontaneidade é muito positiva na TV!