quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A invasão das maritacas

Desde que entrei em férias, agora eu outubro, tenho percebido que Suzano [cidade onde moro] está sendo invadida por inúmeras aves verdes e de canto gritado, conhecidas como maritacas. Elas estão em toda a parte. Antes do meu período de descanso não tinha me dado conta dessa "migração repentina". Porém, desde que passei a caminhar mais pelas ruas da cidade tenho visto centenas dessas aves verdes e barulhentas. Acho interessante.

Não sou biólogo e nem um especialista em pássaros da nossa fauna, mas basta prestar a atenção: elas estão por todos os lados. Acredito que uma das maiores concentrações está na região central de Suzano, nos arredores do Praça dos Expedicionários. Elas ficam nas copas das árvores e contrastam com o ambiente urbano. São verdes e se misturam com a vegetação. Percebemos a sua presença por meio dos seus "gritos".
As árvores da Escola Municipal Antônio Marques Figueira, esquina da Rua Sara Cooper, com a Benjamin Constant, na região central, também servem de moradia para centenas dessas aves. E vira e mexe é possível ver algumas delas paradas sobre as antenas de TV das casas ali nos arredores. Nessas minhas caminhadas pela city também vi muitas maritacas perto de um condomínio residencial na Armando Sales de Oliveira, na esquina com a Rua 15 de novembro. 

Esse "fenômeno" me chamou ainda mais a atenção quando fui com meu pai em um ferro-velho, que fica na região da Avenida Marques Figueira, em Suzano. Caminhando pelo comércio de usados, eu logo percebi o canto de inúmeras maritacas. 

Fui me aproximando e notei que boa parte estava se alimentando em uma espécie de poleiro. Elas comiam sementes de girassol e frutas [banana e goiaba]. Ao que tudo indica, o alimento teria sido colocados ali pelas pessoas que trabalham no local. Não perguntei, mas a estrutura também deve ter sido montada pelo pessoal do ferro-velho, de propósito, para atrair as maritacas. Uma ótima ideia. Fiquei as observando por longos minutos. Fiz uma foto e postei no Instagran.

Eram centenas. Todas aglomeradas disputando sementes que estavam em garrafas pets. Era uma competição para ver quem conseguia ter acesso a um pequeno orifício na garrafa. Era por ali que as aves conseguiam pegar o girassol. Era uma segunda-feira, por volta das 11h. 
Foi depois daquele dia que passei a observar mais sobre a presença desse animal em nosso meio. Notei que elas também estão em outras cidades. Em um sábado pela manhã, estive em São Paulo, na região da Vila Mariana, na zona sul e vi um monte de maritacas nas antenas de TV e árvores do bairro. 

Andei dando uma pesquisada e percebi que essa invasão ocorre em outros lugares. A cidade de Ribeirão Preto é uma delas. Lá, a grande população de pássaros verdes chegou a prejudicar a lavoura e a rotina de moradores de um condomínio residencial. 

A invasão de maritacas nas cidades pode ser fruto de um desequilíbrio. Cada vez mais elas têm perdido espaço em seus ambientes naturais e, sem saída, acabam migrando para os meio urbanos. Nas cidades, encantados com os bichos, muita gente os alimenta com frutos e sementes e eles vão se reproduzindo e vivendo entre os cabos de eletricidade, telefônicos e antenas de TV. 

Confesso que acho isso magnífico  Sempre gostei muito de pássaros dessa família dos psittacidae. [periquitos e papagaios] e essa invasão das maritacas não me incomoda, nem um pouco. Muito pelo contrário, eu gosto. Confesso que dias desses andei jogando umas sementes de girassol no meu quintal com a esperança de atrair uma dessas aves e poder observá-la mais de perto. Isso ocorreu há 15 dias. Até o momento nenhuma delas apareceu na minha casa, rs!

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