Minha adolescência se
passou na década de 90. Era outro tempo. Época em que lançaram o Moving Sound Philips e do surgimento do News Kids on The Block. Também teve Guerra
do Golfo e o tetracampeonato conquistado pela seleção brasileira de futebol. Eu
vivia, como vivo até hoje, em Suzano. E foi justamente nesses anos que o time
de vôlei da cidade se tornou o orgulho de boa parte de seus habitantes.
Uma equipe que conquistou vários títulos paulistas,
brasileiro e até Campeonato Sul-americano. Suzano era a “Cidade do Vôlei”. Estrelas
da seleção brasileira atuavam no time, moravam na cidade e desfilavam, muitas
vezes a pé, pelas ruas General Francisco Glicério e Benjamim Constant. Era
outro tempo.
O Portelão era a balada e a vibração o combustível das
cerca de 5 mil pessoas que lotavam o caldeirão na Barão de Jaceguai, centro. Famílias inteiras frequentavam o ginásio nas noites de sábado, principalmente. Era o
ponto de encontro. O time entrava em quadra embalado pela música “O canto da
cidade”, de Daniela Mercury. Era a abertura de mais um espetáculo. E a cidade nos noticiários. Um outro tempo.
No entanto, anos à frente e a situação muda. Suzano não tem mais aquela equipe de vôlei, a cidade quase que não se desenvolveu como deveria, o “esqueleto” continua lá e novos problemas surgiram. O “canto da cidade desafinou”.
No entanto, anos à frente e a situação muda. Suzano não tem mais aquela equipe de vôlei, a cidade quase que não se desenvolveu como deveria, o “esqueleto” continua lá e novos problemas surgiram. O “canto da cidade desafinou”.
Cerca de 20 anos se passaram e eu vejo a minha Suzano
protagonizando o noticiário policial por conta de crimes violentos que chegam a
chocar o país.
Veja bem: num curto intervalo de um mês, a Rua Benjamim
Constant e a General Francisco Glicério, que na minha visão são locais seguros e
vigiados, por abrigar agências bancárias e contar com apoio de câmeras de
monitoramento, foi palco de dois crimes bárbaros.
Jovens são executados em
tentativas de assalto. Crime tipificado como latrocínio: matar para roubar.
Segundo a polícia, um dos mais difíceis de investigar, já que as vítimas quase
sempre não têm relação com os atiradores.
Dias depois, a cidade é palco de mais um crime violento.
Dessa vez com características de cinema e em plena zona rural. Bandidos armados
com fuzis e metralhadoras, que derrubam até aeronaves, crivam de balas um
carro-forte na pacata Estrada dos Fernandes.
O grupo estava em dois carros
blindados. Um dos veículos era adaptado para a
guerra urbana. No porta-malas havia um suporte de apoio para o atirador. A
única abertura eram dois orifícios usados para encaixar os canos das metrancas.
Saldo: suzanenses assustados mais uma vez.
Sou jornalista e lido diariamente com esse tipo de
notícia. Mas confesso que fico triste em ver minha cidade sendo corroída por
essas ações brutais de ultimamente.
A cada dia um novo episódio. E neste “campeonato” a ex-terra do vôlei está em desvantagem. E começa a perder “sets" importantes. O que a torcida suzanense espera é a virada, como sempre. Empurrada por milhares de gritos no Portelão. E deixar claro que, a cor dessa cidade é a cor da paz.
A cada dia um novo episódio. E neste “campeonato” a ex-terra do vôlei está em desvantagem. E começa a perder “sets" importantes. O que a torcida suzanense espera é a virada, como sempre. Empurrada por milhares de gritos no Portelão. E deixar claro que, a cor dessa cidade é a cor da paz.
Cara, o que é esse esqueletão? É um ginásio? Sempre que eu passo em frente a esse negócio eu acho muito interessante. Poderia fazer alguma coisa a céu aberto mesmo, tipo, uma quadra ou uma arena de shows. Já pensou que louco a galera na arquibancada curtindo uma som ou assistindo uma peça de teatro? enfim, o negócio parece um Coliseu abandonado.
ResponderExcluirMuito bom. Parabéns.
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