Tenho saudades daquela noite de quarta-feira, dia 24 de julho, e seus 8 graus com sensação de 0º em Mogi. Estava com a mão congelada, mas estava feliz. O carro álcool foi difícil pegar, porém, eu estava feliz. Nunca ninguém me viu reclamando de frio. Está com frio? Use blusa, cachecol, gorro e luvas. Está calor? Faz o que?
Segunda-feira vivi um clima de deserto cruzando a SP-66 sentido Mogi das Cruzes, por volta das 13h. A previsão não era de chuva. Era somente de calor e tempo seco. Pouco antes, eu seguia de carro pela Guilherme Giorgi (que liga Suzano a Jundiapeba, do lado de baixo da linha férrea).
Quando estava prestes a cruzar a passagem de nível o trânsito parou. Esperamos uns 4 trens passar. Fiquei ali, dentro do carro, sem ar condicionado, por cerca de 10 minutos. Desliguei o motor. Fiquei com dó da máquina trabalhando. Me senti naquela cena do filme “Um dia de Fúria”. Quando Michael Douglas abandona o carro se segue a pé arrumando confusão. São Paulo registrou nesta segunda-feira o recorde de calor desse ano.
A caminho do trabalho, a poluição, asfalto quente, engarrafamento e a segunda-feira, fizeram com que a sensação térmica, no meu couro, representasse 50 graus. Cheguei ao meu local de trabalho e mergulhei no ar condicionado. Pensei: acho que daqui eu não saio até anoitecer. E assim foi. A refrigeração artificial me deu a falsa sensação de que o calor tinha ido embora. E assim fiquei até a noite. Voltei para a casa o abafado me perseguiu. Normal, afinal, quem dormiu bem essa a noite? Nesse calor do agreste, em pleno Alto Tietê, somente o ar-condicionado tem o meu respeito.
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