terça-feira, 12 de novembro de 2013

O ar-condicionado tem o meu respeito

Nesta segunda-feira, dia 11 de novembro, eu levei um susto quando descobri que o termômetro bateu 34° graus com sensação térmica de 39° em Mogi das Cruzes durante a tarde. É muito calor. Temperatura digna de verão nordestino em plena primavera do Alto Tietê. No Rio de Janeiro a sensação térmica chegou aos 43º. Daí surgem os comentários sobre o clima quente. "Nossa, está maior Lua". Eu acho engraçado esses comentários. São excelentes ganchos de assunto.

Quem me conhece sabe: eu não curto estes dias quentes. Por causa disso, não gosto do Verão, na comparação com o Inverno. Sei que o período mais quente do ano, para nós aqui no hemisfério sul, é justamente a época mais bacana, na minha opinião: festas de fim de ano. Neste caso, digo que o Verão só é pouca coisa atraente, para mim, por causa do Natal e Ano Novo. Só. É aquele combo ingrato: Natal, Ano Novo e calor.

Tenho saudades daquela noite de quarta-feira, dia 24 de julho, e seus 8 graus com sensação de 0º em Mogi. Estava com a mão congelada, mas estava feliz. O carro álcool foi difícil pegar, porém, eu estava feliz. Nunca ninguém me viu reclamando de frio. Está com frio? Use blusa, cachecol, gorro e luvas. Está calor? Faz o que?

Segunda-feira vivi um clima de deserto cruzando a SP-66 sentido Mogi das Cruzes, por volta das 13h. A previsão não era de chuva. Era somente de calor e tempo seco. Pouco antes, eu seguia de carro pela Guilherme Giorgi (que liga Suzano a Jundiapeba, do lado de baixo da linha férrea).

Quando estava prestes a cruzar a passagem de nível o trânsito parou. Esperamos uns 4 trens passar. Fiquei ali, dentro do carro, sem ar condicionado, por cerca de 10 minutos. Desliguei o motor. Fiquei com dó da máquina trabalhando. Me senti naquela cena do filme “Um dia de Fúria”. Quando Michael Douglas abandona o carro se segue a pé arrumando confusão. São Paulo registrou nesta segunda-feira o recorde de calor desse ano.

Mas logo cedo, por volta das 10h, já deu para sentir que o calor na segunda-feira seria de matar. Tinha planos de ir ao centro da cidade, a pé, mas mudei de ideia. Nem fui. Saí no quintal com um tênis preto que minha cachorra odeia e levei um pega. É sério, ela quase me mordeu. Voltei ao quintal e o bebedouro para atrair Beija Flor da minha mãe estava cheio de abelhas pretas e marimbondos e o 3g do celular não funcionava.  À noite atearam fogo em um terreno e a casa ficou cheia de fumaça e fuligem. É verdade.

A caminho do trabalho, a poluição, asfalto quente, engarrafamento e a segunda-feira, fizeram com que a sensação térmica, no meu couro, representasse 50 graus. Cheguei ao meu local de trabalho e mergulhei no ar condicionado. Pensei: acho que daqui eu não saio até anoitecer. E assim foi. A refrigeração artificial me deu a falsa sensação de que o calor tinha ido embora. E assim fiquei até a noite. Voltei para a casa o abafado me perseguiu. Normal, afinal, quem dormiu bem essa a noite? Nesse calor do agreste, em pleno Alto Tietê, somente o ar-condicionado tem o meu respeito.

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