O barato de trabalhar em rádio é a agilidade e a proximidade com a comunidade. É o mesmo barato de quem ouve o noticiário. Ficar antenado sobre o que acontece no planeta por meio de um simples aparelhinho movido a pilhas. Em uma tacada só a informação chega à dona de casa, ao açougueiro, informa o senhor que roça o terreno e o empresário parado no trânsito mergulhado no ar condicionado da BMW blindada. Agora são 9h55. E o noticiário prossegue.
Sempre fui fã de rádio e em 2003 virei repórter de rádio. O primeiro emprego na área com carteira assinada. E antes de completar 120 de trabalho fui enviado à casa da "mulher dos ratos". Era eu e o motorista, apenas. Bati palma e ela logo apareceu. A casa tinha um quintal comprido (um corredor). Naquele mesmo espaço ficavam as janelas dos quartos, cozinha e banheiro. Conversamos ali mesmo e ela me contou o drama da casa invadida pelos roedores.
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Foto: google imagens |
Entramos em contato com a zoonoses de Suzano que prometeram visitar a casa da mulher. A reportagem voltou ao local mais algumas vezes, mas eu nunca consegui ver nenhum destes ratões. Talvez eles ficavam escondidos nos observando de longe. Dias depois, a zoonoses de Suzano foi ao local e consertou um problema existente no esgoto naquela região. Não tenho certeza, mas o local também foi detetizado. A história da "mulher dos ratos", como ficou conhecida entre os ouvintes e o pessoal da rádio ganhou fama. E muita gente deve lembrar disso até hoje. O certo é que os ratos sumiram de lá. Só não sei se foram aterrorizar outra casa.