Bons tempos. Naquele ano eu e meu irmão trabalhávamos em uma papelaria na Rua Benjamin Constant, no centro de Suzano. E durante o mês de dezembro este CD natalino cheio de refrãos marcantes tocou todos os dias na loja. Das 8h às 22h. Só deram "stop" por volta das 19h do dia 24.
Durante o mês de Natal ele ficou no modo repeat. O que era bonitinho no começo virou tortura. Mesmo assim tenho saudade daquele ano. Aos 17 vi o Brasil ser tetracampeão. No ano seguinte me alistei no exército e enfrentei mais dificuldades nas aulas de física e matemática no 3º colegial.
Adoro lembranças e retrospectivas. Já disse aqui no blog. Escrevi sobre cheiros que me levam de volta ao passado. E tenho uma memória boa para garimpar certos detalhes de épocas passadas. Ainda em 1994, no dia 31 de dezembro, nós, funcionários da papelaria, lavamos a loja. Esfreguamos o chão com sabão e usamos muita água no enxágue. Era a sensação de fechar o ano com a consciência tranquila.
Penso que isso seja o mais importante. Chegar ao final dos doze meses com a cabeça sossegada. Dívidas, quase todos nós temos. Mas não estou falando de pendências financeiras. O legal é ficar em paz. E se for para fazer o bem que seja o ano todo. Em pequenas ações.
Alguns fatos me marcaram durante este 2013, ou melhor, duas reportagens que fiz. Imagina um casal que tem a primeira filha criada com amor e carinho. De repente, essa criança adoece e o diagnóstico é arrebatador: câncer no cérebro. A menina lutou contra a doença, mas acabou morrendo cerca de um ano depois.
No entanto, a partida da filha acendeu a luz da caridade sincera nos pais. Pai e mãe, com o coração dilacerado, se tornaram voluntários em uma associação que cuida de crianças com câncer. E mais: fundaram um grupo e, vestidos de palhaços, visitam escolas e hospitais. A dor deles virou combustível para ajudar outras crianças doentes. Carina e Carlos admiro vocês. Quem quiser ler a matéria, basta clicar aqui. (não é vírus não, rs)
Outro fato que me chamou atenção em 2013 ocorreu já quase no final do ano. Foi quando conheci um Papai Noel de verdade. Não pela barba branca, roupa vermelha e o sininho. Não por isso. E sim pela bondade, felicidade e amor que ele distribui gratuitamente. É o seu Thomaz Fidalgo. Construiu um trenó adaptado sobre o chassi de um Fusca. E com o veículo especial sai às ruas de Suzano levando presentes e doces às crianças carentes. E a doação dele dura o ano todo. Longe da época de Natal, ele faz campanha dentro da pastoral da criança. Estive na casa desse senhor e, desde então, passei a acreditar em Papai Noel. Link da matéria
E 2013 termina já já. Será lembrado como o ano das manifestações, do futebol campeão das Confederações e do Papa Francisco arrastando multidões. Em janeiro começa tudo de novo. Como diz a cantora Simone na conhecida canção "o ano nasce outra vez". Tenho o sentimento de dever cumprido, como o chão da loja lavada. Mas ainda tenho que desativar o touchpad do notebook.
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